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25/07 DIA INTERNACIONAL DA MULHER NEGRA LATINO E CARIBENHA - UMA HOMENAGEM E RECONHECIMENTO DO CNLB


25 de julho - Dia da Mulher Negra, Latina e Caribenha


A data é um símbolo de resistência das mulheres negras.


O Dia da Mulher Negra, Latina e Caribenha foi instituído em 1992 no 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, na República Dominicana. O evento surgiu para dar visibilidade à luta das mulheres negras contra a opressão de gênero, a exploração e o racismo.


No Brasil, a data homenageia a líder quilombola Tereza de Benguela, símbolo de luta e resistência do povo negro. 


Uma Homenagem e Reconhecimento do CNLB


Cenário


A importância da existência de um dia específico para as mulheres negras, diferente do Dia Internacional da Mulher se dá por conta das especificidades das condições da mulher negra, histórica e socialmente. Por exemplo, uma das lutas mais importantes do feminismo universal, foi o direito de trabalhar fora de casa sem a necessidade da autorização do marido, uma condição que as mulheres racializadas desconhecem historicamente, pois o trabalho faz parte da sua realidade desde a escravidão. A força de trabalho das mulheres negras era tão explorada quanto a dos homens de mesma raça, e quando eram destinadas ao trabalho nas plantações, exigia-se delas a mesma produtividade dos homens. Ser mãe em tempo integral, dona de casa e ter um marido como provedor financeiro do lar nunca foi uma questão para as mulheres negras de uma maneira geral.


Atualmente, as mulheres negras ainda vivenciam uma condição muito distante da ideal. Elas sofrem mais violência obstétrica, abuso sexual e homicídio – de acordo com o Mapa da Violência 2016, os homicídios de mulheres negras aumentaram 54% em dez anos no Brasil. Além disso, elas continuam compondo a base da desigualdade de renda, em 2018 elas recebiam em média menos da metade do salário de homens brancos (44,4%) que ocupam o topo da pirâmide salarial no Brasil. Em comparação com as mulheres brancas, a diferença salarial é de 70%. Mulheres negras ganham menos que os homens negros, que ganham menos que mulheres brancas, que ganham menos que homens brancos. Além disso, elas são preteridas pelos meios de comunicação, nos cargos de chefia e possuem uma baixa representatividade na política.


No Brasil – que tem o maior índice de feminicídio na América Latina -, a presidente Dilma Rousseff transformou a data em comemoração nacional. Aqui, desde 2014, comemora-se em 25 de julho o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra – em homenagem à líder quilombola que viveu no século 18. O Dia da Mulher Negra não é apenas um dia de celebração, mas de luta marcado por diversos eventos e protestos. Por todo território nacional ocorrem marchas de que podem chegar a reunir 30 mil pessoas.


Fontes CNLB / Wikipédia


Referências



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